domingo, 11 de janeiro de 2015

OS SEM ABRIGO



Perdidos no mundo,
Vagabundos da vida,
Cidadãos do nada,
Não sabem onde estão,
Não sabem o que querem,
Nem sequer para onde vão.
Desconfiados dos homens
E descrentes de si
Vagueiam  nas ruas,
Invisíveis,
Entre muitos outros perdidos no mundo.
Olham e não vêm ninguém,
Olham-nos, e ninguém os vê.
Pressentem apenas a presença dos outros
Pelos encontrões que lhes dão.

Que fizemos ao mundo ?
Que mundo criámos?
Apenas um mundo à imagem daquilo
Em que se tornou o homem .
Um mundo vilão.


Guilherme Duarte

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