São as névoas perpétuas
Que cobrem a serra
Que o poeta procura
Quando a poesia se ausenta
E o poema não nasce.
Quando a musa se afasta,
E já poeta não é,
É à magia da serra
Que o poeta recorre .
É entre as brumas que envolvem o monte
Que as musas se escondem.
O poeta sabe onde estão e vai procurá-las.
No silêncio do bosque o poeta sonha.
Vê, musas, vê deusas, vê fadas
Que cantam e dançam,
Cobertas apenas por diáfonos véus
Que lhes cobrem o corpo sem tapar a nudez.
O poeta, aproxima-se e dança com elas.
É então que a poesia regressa e o poema flui.
Tinha razão o poeta em confiar na magia da serra.
É ali, entre musas, deusas e fadas
Que é o lugar dos poetas.
Guilherme Duarte
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