Estas folhas espalhadas
Pelo chão do meu jardim
São os meus sonhos falhados,
As perspectivas goradas,
As metas nunca alcançadas
E todos aqueles sonhos
Que em tempos acalentei
Mas nunca realizei,
E que terminaram assim.
Daquela árvore frondosa
Que deu sombra à minha esperança,
As folhas foram caindo
Uma a uma sem parar.
E em cada folha que cai
Há um sonho que se vai,
E uma paixão que se extingue.
Em cada folha que amarelece
Há uma vida que enfraquece
E uma força que se esvai.
E quando essa folha cai
É uma página que se rasga
Do livro da minha história,
E no fim fica a memória,
E tem um nome: saudade.
Aquela árvore frondosa
Que já foi verde e viçosa,
Hoje de folhas despida,
Já não dá sombra a ninguém.
Está agora feia e nua
E está caduca, também,
A árvore da minha vida.
Guilherme Duarte
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